Peralta to Boulder Canyon


Ted G. Decker, 2017


Born in Maputo, Mozambique, Lisbon-based visual artist Pedro Vaz produces art based on his first-hand, intensely experiential research of landscape. Within 1 week of his arrival in Phoenix, his first visit to the United States, Vaz had hiked 30 miles across the Superstition Mountains Wilderness Area on the Peralta and Boulder Canyon trails to photographically document this rugged terrain he first glimpsed in a video by Brazil-based visual artist Túlio Pinto at an art fair in Lisbon which both artists attended. The making of Pinto’s video was supported by phICA during his Phoenix residency/Onloaded exhibit in November, 2015. Personal contact with place is a fundamental element of Vaz’s art practice. Pedro’s recent hiking tours include walking the 108 mile circumference of the base of Mont Blanc in Switzerland, Italy, and France, as well as 2 weeks on the Amazon River near Manaus, Brazil.

From on-the-land research, Pedro makes paintings, videos, and installations which represent transformation from photographs to these other media formats. This dynamic of the artist-made object with the possibility of landscape being represented both question and help to define spatiality, the specificity of place, and the elements of the terrain. Vaz becomes a catalyst for understanding, explanation, and interpretation through his visual voice rather than being in the artist-as-creator spotlight. Unlike his tour of Mont Blanc where predominant elements were fog, unlimited access to water, and snow white landscapes, in the Superstitions Vaz encountered the absence of water in the craggy, colorful Sonoran Desert. He experienced the vastness of the land, its remarkable flora in early spring, its monumental and dramatic geologic formations, and vivid but fleeting colors of sunlit and shaded spaces which are accentuated by the crystal-clear blue desert sky and the intensity of the sunlight which this region is known for. While trails show evidence of present-day human passage, the remains of mines, shacks, and other man-made forms are reminders of the power of nature over humans. Nature is clearly showcased here now.

The warmness of the colors makes the area inviting for a potentially impactful human-to-nature event. Yet, conditions are harsh, the sun is intense and often unbearable, and the lack of water is of constant concern as Pedro discovered. Vaz’s idea-driven art was fueled by extensive research into the area’s history – Native American, Spanish, and Mexican travelers, the mysterious gold mining Peralta Family, and the legendary “Lost Dutchman” German-immigrant Jacob Waltz who purportedly discovered a huge horde of “Apache gold” in the 19th Century. The resulting video produced for this exhibition captures both the ruggedness and fragility of this environment through fleeting images and the veiling of images over others in a painterly manner.

Vaz’s practice is cited amidst multivalent global spatial practices by artists who are blurring lines in art media through “performative actions, video and film practices, installation art, visual and mimetic apparatus: painting, drawing, printmaking, readymades”. According to Portugal-based scholar Pedro Pousada, artists like Vaz are critically addressing “spatial and architectonic typologies such as: place, public space, landscape, urbanscape, dwelling, domestic space, primitive hut, container, site-specific, situation-specific, anti-monument, counter-monument, ruin[ment], entropic space, immersive atmosphere, environment.” They are merging relational aesthetics with challenges to a “status quo in intermedia art making” hatched in the 1990’s with the rise of the Internet and computers.

Pedro Vaz earned a Master of Fine Arts degree in Painting from the College of Fine Arts at the University of Lisbon in 2006. Since then his work has been shown in solo and group exhibitions throughout Portugal as well as internationally in museums, galleries, and art fairs. In 2014, Pedro received the Beers Contemporary Award for Emerging Art in London, and has received project grants from the prestigious Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon. In late 2016, he participated in a residency in Brazil, and after his time in Phoenix, will travel to Mexico City for a 3-month artist residency and solo exhibition opening in June at Enrique Guerrero Gallery.

phICA thanks Tempe-based visual artist Elijah Bourque for his companionship and guiding during Pedro Vaz’s hiking tours.


Peralta to Boulder Canyon


Ted G. Decker, 2017


Nascido em Maputo, Moçambique, Pedro Vaz produz arte intensamente experimental com base na sua pesquisa de paisagem. No espaço de uma semana após a sua chegada a Phoenix, a sua primeira visita aos Estados Unidos, Vaz tinha já caminhado 30 milhas através da Área Selvagem das Montanhas Superstition nos caminhos de Peralta e Boulder Canyon, para documentar fotograficamente este terreno acidentado que ele vislumbrou pela primeira vez num vídeo do artista visual brasileiro Túlio Pinto, numa feira de arte em Lisboa,Portugal, na qual ambos os artistas participaram. A realização do vídeo de Pinto foi apoiada pela phICA durante a sua residência Phoenix/exposição em Novembro de 2015. O contacto pessoal com o local é um elemento fundamental da prática artística da Vaz. As recentes caminhadas de Pedro incluem passeios a pé na circunferência de 108 milhas da base do Mont Blanc na Suíça, Itália, e França, bem como duas semanas no rio Amazonas, perto de Manaus, Brasil.

A partir da pesquisa no terreno, Pedro faz pinturas, vídeos, e instalações que representam a transformação de fotografias noutros formatos. Esta dinâmica do objecto feito pelo artista com a possibilidade de a paisagem ser representada tanto questiona como ajuda a definir a espacialidade, a especificidade do lugar, e os elementos do terreno. Vaz torna-se o catalisador para a compreensão, explicação e interpretação através da sua voz visual, em vez de estar no centro das atenções como artista e como criador. Ao contrário do seu passeio pelo Mont Blanc, onde os elementos predominantes eram o nevoeiro, o acesso ilimitado à água, e as paisagens brancas de neve, nas Montanhas Superstition Vaz encontrou a ausência de água no escarpado e colorido Deserto Sonoran. Experimentou a vastidão da terra, a sua notável flora no início da Primavera, as suas formações geológicas monumentais e dramáticas, e cores vivas, mas fugazes de espaços iluminados e sombreados que são acentuadas pelo céu azul cristalino do deserto e a intensidade da luz solar pela qual esta região é conhecida. Enquanto os trilhos mostram evidências da passagem humana atual, os restos de minas, barracas e outras estruturas feitas pelo homem são memórias do poder que a natureza tem sobre o homem. A natureza é agora claramente evidenciada aqui. 

O calor das cores faz com que a área seja convidativa para um potencial confronto entre o homem e a natureza. No entanto, as condições são duras, o sol é intenso e muitas vezes insuportável. A falta de água é uma preocupação constante como Pedro descobriu. A arte da Vaz orientada para a ideia foi alimentada por uma extensa pesquisa sobre a história da área - viajantes nativos americanos, espanhóis e mexicanos, a misteriosa família Peralta de mineração de ouro, e o lendário "Holandês Perdido" Jacob Waltz, imigrante Alemão, que supostamente descobriu uma enorme horda de "ouro Apache" no século XIX. O vídeo resultante produzido para esta exposição capta, pela pintura, tanto a robustez como a fragilidade deste ambiente através de imagens fugazes como o véu de imagens sobre outras.

A prática de Vaz é citada no meio de práticas espaciais globais multivalentes por artistas que estão a esbater as direções nos meios de arte através de "ações performativas, práticas de vídeo e filme, arte de instalação, aparelhos visuais e miméticos: pintura, desenho, gravura e readymades". Segundo Pedro Pousada, artistas como Vaz estão a abordar criticamente "tipologias espaciais e arquitetónicas tais como: lugar, espaço público, paisagem, paisagem urbana, habitação, espaço doméstico, cabana primitiva, contentor, site-specific, situação específica, anti-monumento, contra-monumento, ruína, espaço entrópico, atmosfera imersiva, ambiente". Estão a diluir a estética relacional com os desafios de um "status quo no fabrico de arte intermedia", surgido na década de 1990 com a ascensão da Internet e dos computadores.

Pedro Vaz obteve o grau de Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa em 2006. Desde então, o seu trabalho tem sido exposto em exposições individuais e coletivas em todo o país, bem como internacionalmente em museus, galerias, e feiras de arte. Em 2014, Pedro recebeu o prémio Beers Contemporary Award for Emerging Art em Londres, e recebeu bolsas de projecto da prestigiada Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. No final de 2016, participou numa residência no Brasil, e após a sua estadia em Phoenix, viajará para a Cidade do México para uma residência artística de 3 meses e abertura de exposição individual em Junho na Galeria Enrique Guerrero.

A phICA agradece ao artista plástico Elijah Bourque, baseado em Tempe, a sua companhia e orientação durante os passeios de Pedro Vaz.

 

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